domingo, 30 de outubro de 2011

Sinto-me um prisioneiro! Como me tornar livre?


É mais simples do que você pensa! A liberdade é uma conquista de quem não sabe pensar em si mesmo e lança-se para preencher a vida dos outros, sem olhar a quem.
O mundo e o diabo buscam loucamente convencer-nos de que a liberdade é uma escolha, que tem como centro nós mesmos, nossos planos e felicidade. Que ótimo saber que não é nada disso!
É livre quem vive para os outros, quem resolve parar de pensar em sua própria vida e investe tempo, esforços, afetos e trabalhos para fazer feliz aos outros. É livre quem ama! É amargamente um prisioneiro quem busca ser amado. Eis a medida da verdadeira liberdade!

Seu irmão,
Ricardo Sá – Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A fé e a inteligência

A vida de oração e de penitência, e a consideração da nossa filiação divina, transformam-nos em cristãos profundamente piedosos, como crianças diante de Deus. A piedade é a virtude dos filhos, e, para que o filho possa confiar-se aos braços de seu pai, deve ser e sentir-se pequeno, necessitado. Tenho meditado com frequência nesta vida de infância espiritual, que não se contrpõe à fortaleza porque exige uma vontade enérgica, uma maturidade bem temperada, um caráter firme e aberto.

Piedosos, pois, como meninos; mas não ignorantes, porque cada um deve esforçar-se, na medida das suas possibilidades, por estudar a fé com seriedade e espírito científico; e tudo isso é teologia. Piedade de meninos, portanto, mas doutrina segura de teólogos.

O empenho por adquirir esta ciência teológica - a boa e firme doutrina cristã - deve-se em primeiro lugar ao desejo de conhecer e amar a Deus. Ao mesmo tempo, é consequência da preocupação geral da alma fiel por descobrir o significado mais profundo deste mundo, que é obra do criador. Com periódica monotonia, há quem procure ressuscitar uma suposta incompatibilidade entre a fé e a ciência, entre a inteligência humana e a Revelação divina. Essa incompatibilidade apenas pode surgir, e só aparentemente quando não se entendem os dados reais do problema.

Se o mundo saiu das mãos de Deus, se Ele criou o homem à sua imagem e semelhança e lhe deu uma chispa da sua luz, o trabalho da inteligência - mesmo que seja um trabalho duro - deve desentranhar o sentido divino que já naturalmente têm todas as coisas; e à luz da fé, percebemos também o seu sentido sobrenatural, que procede da nossa elevação à ordem da graça. Não podemos admitir o medo à ciência, porque qualquer trabalho, se for verdadeiramente científico, conduz à verdade. E Cristo disse: Ego sum veritas, Eu sou a verdade.

O cristão deve ter fome de saber. Desde o cultivo dos saberes mais abstratos até às habilidades do artesão, tudo pode e deve levar a Deus. Porque não há tarefa humana que não seja santificável, que não seja motivo para a nossa própria santificação e oportunidade para colaborarmos com Deus na santificação dos que nos rodeiam. A luz dos seguidores de Jesus Cristo não deve ficar no fundo do vale, mas no cume da montanha, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai que está nos céus.
Trabalhar assim é oração. Estudar assim é oração. Pesquisar assim é oração . Não saímos nunca do mesmo: tudo é oração, tudo pode e deve levar-nos a Deus, alimentar o trato contínuo com Ele, da manhã até à noite. Todo o trabalho honrado pode ser oração; e todo o trabalho que for oração, é apostolado. Desse modo, a alma se robustece numa unidade de vida simples e forte.

É Cristo que passa - Editora: Quadrante - páginas 33 e 34

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Amor e Perda

Eu era sortudo. Encontrei o que amava fazer já cedo na vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais, quando eu tinha 20 anos. Nós trabalhamos arduamente, e em 10 anos a Apple cresceu de apenas nós dois em uma garagem para uma companhia de 2 bilhões de dólares com mais de 4.000 funcionários. Nós tínhamos acabado de lançar a nossa melhor criação – o Macintosh – um ano antes, e eu tinha acabado de completar 30 anos. E então eu fui demitido. Como você pode ser demitido da companhia que você começou?
Bem, conforme a Apple crescia, nós contratamos alguém que eu achava que era bem talentoso para comandar a companhia comigo, e no primeiro ano ou mais, as coisas foram bem. Mas então as nossas visões de futuro começaram a divergir, e no fim tivemos uma desavença. Quando isso aconteceu, a nossa banca de diretores ficou do lado dele. Então, aos 30, eu estava fora. E fora de uma maneira bem pública. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta havia acabado, e isso foi devastador.
Por alguns meses, eu realmente não sabia o que fazer. Sentia que havia decepcionado a próxima geração de empreendedores – que havia deixado a batuta cair quando ela me foi passada. Encontrei-me com David Packard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter errado feio. Foi um fracasso muito público e pensei em abandonar tudo. Mas alguma coisa lentamente começou a despertar em mim – eu ainda amava o que fazia. Os acontecimentos com a Apple não haviam mudado isso. Eu havia sido rejeitado, mas ainda estava apaixonado. E então eu decidi recomeçar.
Eu não percebi isso na época, mas ter sido demitido da Apple foi a melhor coisa que poderia ter acontecido comigo. O peso de ser bem-sucedido foi substituído pela leveza de ser um iniciante novamente, com menos certezas à respeito de tudo. Isso me libertou para entrar em um dos períodos mais criativos da minha vida.
Durante os 5 anos seguintes, iniciei uma companhia chamada NeXT e outra chamada Pixar, e me apaixonei por uma mulher incrível, que se tornou minha esposa. A Pixar foi em frente e criou o primeiro filme de animação computadorizada do mundo, “Toy Story”, e hoje é o estúdio de animação mais bem-sucedido do mundo. Em uma reviravolta extraordinária, a Apple comprou a NeXT.
Eu voltei para a Apple, e a tecnologia que desenvolvemos na NeXT está no coração do atual renascimento da Apple. E Laurence e eu temos uma família maravilhosa juntos.
Tenho certeza que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple. Foi um remédio amargo, mas eu acho que o paciente aqui precisava. Algumas vezes a vida atinge você com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Eu estou convencido que a única coisa que me manteve indo em frente foi o amor pelo que fazia. Você precisa encontrar o que ama. E isso é verdade não só para o seu trabalho, mas para os seus relacionamentos também.
O seu trabalho irá preencher uma grande parte da sua vida, e a única maneira de se sentir verdadeiramente satisfeito é fazer aquilo que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um ótimo trabalho, é amando o que faz. Se você ainda não encontrou, continue procurando.
Não se acomode. Assim é com todos os assuntos do coração, você reconhecerá quando encontrar. E, da mesma forma que em qualquer grande relacionamento, vai ficando melhor e melhor conforme os anos passam. Portanto, continue procurando até encontrar. Não se acomode.
Steve Jobs